-->
Blogger Panda

20/12/2012

Crítica: O Hobbit - Uma Jornada Inesperada



A espera enfim acabou. Depois de tanto tempo, voltamos a terra-média para mais algumas aventuras. Com mais humor, mais anões, mais tecnologia e mais do universo que J.R.R. Tolkien criou nos seus livros. Dessa vez sem aquele tom sombrio da trilogia O Senhor dos Anéis. Agora é a vez de vermos o livro O Hobbit no cinema. 

O filme conta a história de Bilbo Bolseiro (Martin Freeman), um Hobbit que vive sua vida na maior tranquilidade lá no Condado até que um dia ele recebe o convite de Gandalf (Ian Mckellen) para juntar-se a 13 anões liderados por Thorin Escudo-de-Carvalho (Richard Armitage) em uma jornada até a Montanha Solitária para tentar recuperar os pertences dos anões que foram roubados pelo dragão Smaug (Benedict Cumberbatch). O que eles não sabem são os desafios que encontraram pelo caminho.


Quando saiu a notícia que iriam adaptar o livro O Hobbit de J.R.R. Tolkien com Guilhermo Del Toro na direção fiquei imaginando qual seria o resultado. Difícil imaginar alguma adaptação de Tolkien longe das mãos de Peter Jackson. Não que o diretor espanhol não tivesse capacidade de fazer um bom filme com a história do livro, mas ele não teria a mesma visão da terra-média como Jackson tem depois de ter vivido e feito os três filmes da trilogia do Anel. A impressão que fica com cada cena do filme é que Jackson tem o privilégio de ter uma visão tão próxima a de Tolkien. E isso faz de O Hobbit – Uma Jornada Inesperada não só uma ótima adaptação, mas também uma homenagem ao autor e a sua legião de fãs. 


Comparações com O Senhor dos Anéis são, sim, muito bem vindas. O Hobbit – Uma Jornada Inesperada se passa cerca de 60 anos antes dos acontecimentos que levaram Frodo e Sam até a Montanha da Perdição. Só que foi durante as aventuras de Bilbo Bolseiro que conhecemos o poder manipulador do Um Anel. A sensação que se passa quando referências à trilogia do Anel aparecem é que os três filmes de O Hobbit serão uma introdução para os outros três, tudo levando para uma hexalogia grandiosa. Involuntariamente, Jackson está repetindo o que Star Wars fez até agora no cinema, quando George Lucas começou pelo “fim” (Episódios IV, V e VI) e depois contou o que se passou antes (Episódios I, II e III). E do modo como ele está fazendo isso, respeitando absolutamente tudo que Tolkien escreveu e adaptando determinadas coisas com o maior cuidado do mundo, o sucesso dos três filmes está praticamente assegurado.

 Um ponto que precisa ser abordado é a enorme evolução da tecnologia entre a trilogia do Anel e O Hobbit. Sempre ouve comentários de que superar Avatar seria uma coisa difícil, mas Jackson mostra que não há limites para a tecnologia de captura de movimentos. Gollum está muito melhor do que nos outros filmes, ressaltando ainda mais a interpretação de Andy Serkis. A sensação agora é que o personagem tem mais vida, está menos artificial. Somando a isso o show a parte que é o trabalho de Serkis, o visual ficou ótimo. O roteiro dispensa comentários. Mesmo escrito a 8 mãos (Jackson, Fran Walsh, Philippa Boyens e Guilhermo del Toro) está fiel ao livro a cada fala. Os atores tiram bom proveito dele. Destaques para Martin Freeman como Bilbo e Ian Mckellen como Gandalf. Este ultimo conseguiu dar uma nova cara ao mago, rejuvenescendo e deixando ele mais bem humorado.

 Ao final, as quase 3 horas do filme passaram como se tivessem menos da metade. Boas interpretações, roteiro bem feito, respeito ao livro e aos fãs, muito bem filmado, fotografia perfeita, trilha sonora acima da média, são apenas alguns motivos que te convencem a ir ver O Hobbit – Uma Jornada Inesperada nos cinemas e ficar com a ansiedade a flor da pele para ver as próximas duas continuações. Se possível veja em 3D. E se der para ver a versão em 48 quadros por segundo, comente aqui embaixo e conte como foi a sua experiência a aqueles que como eu não puderam ver o filme nesse formato, já que o Cinemark fez o favor de não levar a novidade para todas as cidades.





NOTA:

Next

Prev

Posted By:
Blogger Panda