
Em 15 de Setembro de 1967 entrou em cartaz um filme que contava a história dos assaltantes de bancos mais famosos dos EUA. Bonnie Parker e Clyde Barrow fizeram história em sua época (o casal na década de 30 e o filme 30 anos depois). Dirigido por Arthur Penn, o filme custou 1,6 milhão de dólares e fez 16,5 milhões em bilheteria mundial, o que foi suficiente para coloca-lo, na época, na lista dos filmes com maiores bilheterias de todos os tempos.
O filme conta desde como Bonnie conheceu Clyde, quando ele tentava roubar o carro da mãe dela na porta de casa. Ela trabalhava como garçonete e estava cansada disso. Ele tinha acabado de sair da cadeia. A princípio ela viu nele uma forma de fugir daquela sua vida monótona e, aparentemente, sem futuro. É ai onde tudo começa. E o filme detalha bem como tudo aconteceu baseado no livro “Os Tempos de Dillinger” escrito por Jonh Toland.
Você não se apaixona pelo filme porque eles são brilhantes assaltantes de bancos, pois eles nem eram tão bons assim. O que mais chama a sua atenção é justamente como a história é contada. O modo como o diretor Arthur Penn mostra como tudo aconteceu é impactante e cativante ao mesmo tempo. Se hoje em dia o filme ainda causa esse efeito, não é difícil imaginar como foi quando ele foi exibido. E a atitude de Clyde de não roubar o dinheiro das pessoas no banco, só o do banco mesmo, era sem precedentes.
Testemunhas contam que Warren Beatty (ator que interpreta Clyde) precisou se ajoelhar e beijar os pés de Jack Warner para que ele aceitasse financiar o filme. Para Jack, 1,6 milhão de dólares não faria diferença comparado aos 15 milhões que ele estava gastando em Camelot. E como ele já estava querendo se aposentar e vender sua parte na Warner, se o filme fosse um fracasso não mudaria nada na sua vida e nem faria diferença na sua carreira de sucesso a frente da companhia. Mas, para Beatty e para a história do cinema, esse “pequeno” investimento valeu muito a pena.