
O consumo exagerado do sistema capitalista chega ao século XXI colocando a humanidade em um dilema: até quando o planeta vai aguentar? A população mundial só aumenta, gerando mais consumo, mais resíduos e mais degradação. A sustentabilidade não é mais uma opção e sim uma realidade.
Todos os países tem só um foco, crescimento econômico, mas a que custo? Crescer à base da destruição das florestas, da poluição dos rios e da liberação de CO2 na atmosfera são atitudes que exigem um preço muito alto a pagar. Muitos dos recursos naturais são finitos, portanto, já passou da hora do crescimento vir a partir da conscientização ambiental.
O século XXI chegou e o mundo bate a marca de sete bilhões de habitantes ávidos ao consumo. Atender ao anseio de todos exige maior produtividade nas lavouras para evitar um desmatamento sem precedentes. Construir estações de tratamento de esgoto será de fundamental importância para preservar os nossos rios. O aquecimento global faz parte das transformações que o planeta passa desde sua existência, entretanto não há como negar que o ser humano acelera a mudança no clima despejando toneladas de CO2 no ar, acentuando o efeito estufa.
Os países precisam atrair indústrias, gerar empregos, renda, moradias, para oferecer uma melhor qualidade de vida, contudo princípios sustentáveis precisam estar na agenda não só dos governos, mas também do setor industrial e da sociedade em geral. Energia é fundamental nesse processo, contudo a sua geração tem que ser limpa, à base de hidrelétricas, parques eólicos, solar e não à base de carvão e petróleo. O lixo tem de ser reaproveitado até porque se torna algo limpo e rentável.
A China é um grande exemplo do que os países não devem seguir. Indicadores econômicos em expansão, seus índices só melhoram a cada dia, todavia o crescimento desenfreado e sem conscientização ambiental está provocando muita poluição. O ar de grandes cidades chinesas parece uma névoa de poeira, os rios sujos começam a chamar a atenção já que matar a sede de mais de um bilhão de habitantes não vai ser fácil. A energia gerada na China é provida principalmente de carvão, a mais poluente de todas. Enquanto a china não é um bom exemplo, a Alemanha vem se destacando no lado positivo. Leis ambientais rigorosas e o apoio governamental, na forma de subvenções, estimularam o nascimento de uma sólida indústria de tecnologias ambientais. A energia eólica e solar ganha cada vez mais espaço.
A educação ambiental é de fundamental importância nesse processo. Uma sociedade consciente e educada não vai querer morar em uma cidade cujos rios sejam sujos, cujo ar seja poluído, cujas ruas e praças estejam cobertas de lixo. Todos querem morar em uma cidade que gere emprego e renda, porém de forma que respeite a biodiversidade até porque todos moramos em uma mesma casa: o planeta Terra.
Por José Bomfim Oliveira Santos Junior