-->
Blogger Panda

03/01/2012

Crítica: Imortais




Sabe quando você assiste um trailer e acha que o filme será péssimo antes de vê-lo e quando vê se arrepende daquela primeira avaliação? Pois é, esse foi o meu caso com Imortais, que entrou em cartaz na ultima sexta-feira de 2011. E, pra falar a verdade, o primeiro trailer é muito ruim mesmo. A impressão que fica após assisti-lo é que o filme será péssimo a ponto de ter raiva por ter visto aquele lixo. E depois de ver o filme, senti como se o diretor indiano Tarsem Singh tivesse falado diretamente para mim: “Toma ai babaca!” O longa acompanha Theseus, guerreiro que irá guiar os seus soldados em uma batalha em que Deuses e homens irão lutar contra titãs e bárbaros.
Confesso que tive um pequeno preconceito só por que o diretor era da Índia. Quando se fala em filmes feitos por indianos a primeira coisa que me vem à mente são os filmes de Bollywood com suas cenas toscas. Porem, o cara me calou mais uma vez. Mas nem todo o mérito é dele. O filme foi produzido pelos mesmos produtores de 300, Gianni Nunnari e Mark Canton. E as comparações ao filme de Zack Snyder são inevitáveis. Parte do estilo do filme vem de 300, mais de outro jeito, de forma mais coerente com sua história (cada um no seu quadrado). Só a câmera lenta de Snyder que nenhum outro diretor vai conseguir fazer igual.
De 300 o filme herdou também a parte violenta, sendo Imortais muito mais sangrento. E bote sangrento nisso. A sensação ao final do filme é de que dá para fazer gargarejo com o tanto de sangue derramado (exagerei um pouco, eu sei, mais vá assistir e depois comente aqui se não é tão forte assim). Grande parte do filme é feita em computação, mais não chega a ficar tosco porque o filme flui tão bem que todos aqueles efeitos só melhoram as cenas (nada de cena à noite para esconder os defeitos da pós-produção). O 3D tá bom, sem dar cansaço e de forma sutil, sem exageros. Dá pra ver em 2D, se este for em uma cópia digital. Se for ver nas projeções comuns vale mais a pena gastar um pouco mais de dinheiro para assistir em 3 dimensões (aqui em Aracaju a cópia digital não está disponível).
Quando se fala em atuações, Mickey Rourke rouba a cena toda vez que aparece. O futuro Superman Henry Cavill se esforça como o herói, mas é Rourke como o vilão que mais chama a atenção. Depois de um papel “meia boca” no filme Os Mercenários, Rourke volta a atuar daquele jeito massa de se ver, melhor até do que foi visto em Homem de Ferro 2. De resto, os outros nem chamam muita atenção nem deixam a desejar.
O filme tem boas cenas de ação, sequências bem bacanas, história muito bem desenvolvida (Só faltou mencionar como o Rei Hyperion conseguiu aquele exército enorme) e efeitos pouco acima da média para o seu tempo. Vale 5 Bonos com Coca.
Obs: Alô Cinemark do shopping Riomar, umas das caixas de som da sala 4 está com problema. Toda vez que algum efeito sonoro mais forte aparece ela não aguenta o tranco e distorce a ponto de prejudicar a acústica da sala. E ainda mais na melhor sala de cinema daqui de Aracaju. Vamos resolver isso ai!

Next

Prev

Posted By:
Blogger Panda