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Blogger Panda

09/03/2012

Crítica: Poder Sem Limites



Existem estilos de filmagem que não agradam a todos. Um dos mais controversos de todos é aquele tipo de filme com “imagens encontradas”. Nem todos gostam daquela câmera na mão, balançando, que tenta passar aquela impressão de realismo. Poder Sem Limites (Chronicle) é mais um filme desse gênero e possivelmente o melhor de todos.

O filme conta a história de três jovens que, em uma festa encontram uma cratera no chão e entram nela para saber o que tem dentro. Lá eles são expostos a um tipo desconhecido de radiação e acabam desenvolvendo alguns poderes. Um deles, Andrew, adquiriu um pouco antes o vicio de filmar o mundo em que vive e é por sua câmera que vemos e participamos de tudo.

O legal desse estilo é que, quando bem feito, a impressão que o público tem é de estar participando junto com os personagens. E em Poder Sem Limites isso é bem interessante. Vemos como é a vida de Andrew como se fossemos o próprio, sofrendo com os “valentões” do colégio, sua timidez e os problemas com a mãe doente e com o pai violento. Depois que eles descobrem que possuem alguns poderes, assistimos estes se desenvolvendo aos poucos com algumas brincadeiras, no melhor estilo Jackass. O filme segue bem hilário nesse sentido, com Andrew (Dane DeHaan), seu primo Matt (Alex Russel) e o candidato a presidente da turma do colégio, Steve Montgomery (Michael B. Jordan). Tudo bem, tudo certo, mais os problemas começam a surgir. E é ai que o filme consegue ser melhor do que outros do gênero. Andrew é um cara problemático, típico nerd esquisitão, e a forma como isso é mostrado no filme é bem bacana. É a melhor personificação da velha frase: Se quiser conhecer como alguém é de verdade, dê a ela poder. Ou então: Com grandes poderes surgem grandes responsabilidades. Conceitos um pouco batidos, mais que em Poder Sem Limites fazem muito sentido.


Os efeitos estão bem feito mesmo com a câmera tremida na maior parte do tempo. Uma das coisas que mais realçam um pouco o suposto realismo do filme é essa nova moda de pessoas que, em situações de perigo, ao invés de buscar uma forma de se proteger, pega o celular e a câmera e ficam no meio do perigo, filmando tudo para colocar na internet. Os atores fizeram bem sua parte, sem exageros. O foco aqui é a excelente história. Uma pena que o filme estreou aqui em Aracaju na sala de cinema que deve ser possivelmente a pior do mundo em posicionamento de cadeiras, som com vibrações, e outros problemas. Se você curte filmes no estilo de Cloverfield e Bruxa de Blair, não irá se decepcionar com Poder Sem Limites. Se não gostar daquela câmera que mostra pouco, da imagem tremida e outros fatores do gênero, vá mesmo assim só pela qualidade da história do filme.

O diretor e roteirista Josh Trank é mais um que provou que dar para fazer um bom filme gastando pouco dinheiro (12 milhões valor baixo comparado aos padrões de Hollywood). Nota: 8. Confira abaixo o trailer do filme.

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