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08/07/2013

Crítica: Guerra Mundial Z

O universo Zumbi está na moda. Não faltam séries e filmes para falar sobre os mortos-vivos que até pouco tempo atrás eram considerados trash demais.
Várias são as adaptações feitas para que esses monstros se adequem em determinados universos. E quando bem feitos eles rendem bons momentos no cinema e na TV. O ultimo filme que mostrou uma nova abordagem sobre os monstros na telona foi Guerra Mundial Z. Nele, os Zumbis são bem mais rápidos e agressivos do que o normal. Parece um prato cheio para os fãs dos monstros criados por George A. Romero na década de 60. Mas não é bem assim.

Dirigido por Marc Forster, produzido e estrelado por Brad Pitt, Guerra Mundial Z já começa com o caos da epidemia de um vírus que transforma pessoas em um tipo de Zumbi. A velocidade do contágio é impressionante e logo o Governo americano recruta um ex-investigador da ONU para investigar o que pode estar acontecendo e assim salvar a humanidade, tendo em vista que as previsões são as mais catastróficas possíveis. Gerry Lane (Pitt) tinha optado por dedicar mais tempo a sua esposa Karen (Mireille Enos) e as filhas, mas seu amor a pátria e o desejo de salvar sua família acabam contribuindo para que ele tope a missão. Agora, ele precisa percorrer o caminho inverso da contaminação para tentar entender as causas ou, ao menos, identificar uma maneira de conter o contágio até que se descubra uma cura antes do apocalipse. Começa uma verdadeira corrida contra o tempo, que se mostra cada vez mais curto, na medida em que a população de humanos não para de diminuir. O filme é baseado no romance literário de Max Brooks.


O filme passou por diversas correções antes de chegar aos cinemas. Quando estava praticamente pronto, o diretor e os produtores não estavam gostando do resultado final. E foi ai que eles começaram a mexer no roteiro a ponto de que refilmagens fossem necessárias. A estreia foi adiada e todo o elenco voltou para o estúdio para gravar novas cenas. E nesse “mexe aqui, muda ali” erros foram ficando pelo caminho. Se o primeiro corte tinha tantos erros a ponto de não terem coragem de lança-lo, alguns deles continuaram mesmo depois das refilmagens. Personagens surgem, ganham relevância e somem de forma ridícula na tela (A morte do jovem cientista foi uma das mais toscas que já vi). Erros bobos surgem para tentar justificar cenas de ação. Em determinado momento, uma falha de segurança (que estava sobrevoando todo o perímetro) e falta de bom senso de Gerry (se os zumbis são atraídos por barulho, por que permitir que pessoas o façam?) são motivos que levam o filme a uma ação desenfreada e totalmente injustificável. O que se vê é uma correria histérica criada usando um pretexto medíocre, só para gerar uma cena bacana de escalada Zumbi que pode ser vista no trailer. Outro problema relacionado às tais cenas de ação foi a conversão em 3D. Em uma tentativa de ganhar mais dinheiro em bilheteria com os ingressos mais caros, a conversão foi feita sem perícia do diretor. Como todas as cenas são muito rápidas, não se espante se sair do cinema com dores de cabeça. Forster errou a mão na hora de elaborar suas cenas sem pensar na futura conversão.

Guerra Mundial Z até que surpreende no clímax com uma reviravolta bem interessante para o universo Zumbi. O elenco até se esforça, mas nada que chame tanto a atenção do espectador. Uma continuação já está nos planos de Pitt e Forster. Se for mesmo acontecer, espero que não repitam os mesmo erros desse primeiro filme. E se o projeto for uma nova franquia, começaram errando feio. Assista abaixo o trailer do filme. 

                                                                  NOTA:

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