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26/05/2014

Crítica: Godzilla


    Como diria Joseph Climber, a vida é uma caixinha de surpresa.
Quando tudo estava perdido no universo do Godzilla depois daquele fraco reboot de 1998, eis que a Warner Brothers compra os direitos sobre a história. Mas nem tudo estava salvo. Não adianta possuir os direitos sobre o monstro que apareceu no cinema pela primeira vez no clássico filme de 1953. É preciso um bom roteiro para poder limpar a barra do lagarto depois do filme da década 90. Ok, com uma história boa em mãos, é hora de escolher o diretor. E eis que surge ele, Garreth Edwards. O britânico só tinha feito um longa no cinema (Monsters, 2010) e recebeu o voto de confiança da Warner para trazer de volta para a nova geração de espectadores aquele fascínio que existiu na década de 50 com o original. Pois é, tenha absoluta certeza que a escolha da Warner foi a mais certa possível.


   No filme, quando dois monstros pré-históricos são despertados devido a experiências nucleares realizadas pelos humanos, Godzilla também desperta para combatê-los. No meio dessa briga entre criaturas gigantes, a raça humana tenta sobreviver à ameaça de destruição em massa eminente.

   Estrelado por Aaron Taylor-Johnson (Kick Ass), Bryan Cranston (Breaking Bad), Ken Watanabe (A Origem) e Elizabeth Olsen (A irmã bonita das gêmeas idênticas Olsen), Edwards consegue bons momentos de todos. Mas o lado bom do filme é o roteiro e como o diretor se faz dele. Godzilla é o personagem principal do filme. Mas Edwards não precisa mostra-lo tanto para que o mesmo brilhe na tela. A câmera o mostra quase que de modo substancial, como se você estivesse em São Francisco no momento em que ele passa, dando a ele um tamanho quase infinito. Isso dá uma grandiosidade e um ar heroico ao monstro que não tem pretensão nenhuma de salvar alguém. Godzilla sempre parece ser maior do que é, como se Edwards estivesse reforçando a cada close o seu papel como predador Alfa. Não precisa várias tomadas aéreas mostrando o monstro em comparação a arranha céus, como foi feito no filme de 1998. O Godzilla de Edwards é gigante até quando não aparece. E a emoção na face de Watanabe vendo-o ir ao o mar no final é a mesma que o espectador tem durante quase todo filme.

    Nos bastidores das gravações, Ken Watanabe disse que se recusou a falar Godzilla no filme. Disse que em todas as suas falas só falaria Gojira, título original do filme de 1953. Essa fidelidade ao original surgiu de todos os envolvidos na produção desse novo filme. Grande parte da qualidade desse novo projeto vem dessa vontade de manter os conceitos surgidos na década de 50. Só por isso já vale a pena assistir essa nova adaptação. Pela soma dos outros fatores qualitativos, Godzilla precisa ser visto nos cinemas.




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