Quando tudo estava perdido no universo do Godzilla depois daquele fraco reboot de 1998, eis que a Warner Brothers compra os direitos sobre a história. Mas nem tudo estava salvo. Não adianta possuir os direitos sobre o monstro que apareceu no cinema pela primeira vez no clássico filme de 1953. É preciso um bom roteiro para poder limpar a barra do lagarto depois do filme da década 90. Ok, com uma história boa em mãos, é hora de escolher o diretor. E eis que surge ele, Garreth Edwards. O britânico só tinha feito um longa no cinema (Monsters, 2010) e recebeu o voto de confiança da Warner para trazer de volta para a nova geração de espectadores aquele fascínio que existiu na década de 50 com o original. Pois é, tenha absoluta certeza que a escolha da Warner foi a mais certa possível.
No filme, quando dois monstros pré-históricos são despertados devido a experiências nucleares realizadas pelos humanos, Godzilla também desperta para combatê-los. No meio dessa briga entre criaturas gigantes, a raça humana tenta sobreviver à ameaça de destruição em massa eminente.
Estrelado por Aaron Taylor-Johnson (Kick Ass), Bryan Cranston (Breaking Bad), Ken Watanabe (A Origem) e Elizabeth Olsen (A irmã bonita das gêmeas idênticas Olsen), Edwards consegue bons momentos de todos. Mas o lado bom do filme é o roteiro e como o diretor se faz dele. Godzilla é o personagem principal do filme. Mas Edwards não precisa mostra-lo tanto para que o mesmo brilhe na tela. A câmera o mostra quase que de modo substancial, como se você estivesse em São Francisco no momento em que ele passa, dando a ele um tamanho quase infinito. Isso dá uma grandiosidade e um ar heroico ao monstro que não tem pretensão nenhuma de salvar alguém. Godzilla sempre parece ser maior do que é, como se Edwards estivesse reforçando a cada close o seu papel como predador Alfa. Não precisa várias tomadas aéreas mostrando o monstro em comparação a arranha céus, como foi feito no filme de 1998. O Godzilla de Edwards é gigante até quando não aparece. E a emoção na face de Watanabe vendo-o ir ao o mar no final é a mesma que o espectador tem durante quase todo filme.