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02/07/2014

Dica Clássica: 2001 Uma Odisseia no Espaço


   2001: Uma Odisseia no Espaço, ao melhor estilo Kubrick, vai muito além daquilo que se vê na tela, simbolismos e referencias fazem parte de todo o filme.
 Uma ficção cientifica que se passa em duas épocas distintas, em uma era muito primitiva e uma era bem mais evoluída, mas que podem ser vistas semelhanças entre o ser humano mais avançado e seu antepassado. Os temas centrais desse filme é a evolução, o objetivo de sempre andar para frente e sempre ir além, tudo é visto durante suas duas horas e cinco minutos de duração.
   A história do filme se desdobra quando o homem no seu estado menos evoluído tem contato com um Monólito deixado por uma raça alienígena. Esse Monólito durante todo o filme representará um estágio de evolução dos humanos e a partir dali ele continuará evoluindo. Após a descoberta acontece uma das coisas mais importantes para a história que é o momento em que o ser humano descobre o uso da ferramenta e consequentemente a descoberta da arma. Essa evolução fica evidente logo na cena seguinte quando o ser superior consegue vencer uma disputa por território de outro semelhante inferior. Apos isso ha uma das melhores transições de cena da historia do cinema, quando a imagem se fecha naquela arma recém-descoberta e ai há um corte de imagem direto para uma arma nuclear.
   A transição direta que acontece no filme entre o passado mais distante para o futuro mais avançado tem grande valor, pois mostra que foi a partir daquela primeira descoberta do seu antepassado que o homem chegou até ali.
   Agora o filme esta em um segundo momento onde é visto um ser humano muito superior. Essa evolução é mostrada no filme por uma grande gama de tecnologias e as, agora comuns, viagens espaciais. Nesse momento do filme o ser humano, que já teve esse extremo avanço evolutivo, descobre um novo Monólito que estava localizado na lua. Esse novo Monólito, também deixado pela mesma raça alienígena ainda desconhecida, marca uma nova fase na evolução continuativa do ser humano.
   Com a grande descoberta todos ficam intrigados. Agora, eles querem descobrir de onde aquilo veio. Então é organizada uma missão espacial com o objetivo de chegar a Júpiter, pois o Monolito recém-descoberto estava emitindo um sinal para esse planeta. Esse é um novo momento que mostra o humano evoluindo e indo além. Nessa missão, viaja junto com a tripulação um computador que possui uma grande inteligência artificial que faz com que ele fale, interaja e chegue até mesmo a ter sentimentos humanos. Esse computador que tem o nome de Hal é muito marcante no filme, pois Kubrick com toda sua genialidade e também sua descrença no ser humano, faz com que quem assiste ao filme se identifica mais com o Hal 9000 do que com os próprios astronautas. Durante toda a jornada os integrantes da equipe enfrentam problemas de relacionamento com Hal, é isso mesmo, relacionamento. Esses problemas chegam ao ponto de o computador Hal ter que ser desativado e apenas Dave, um dos seis astronautas, conseguir chegar ao final da missão.
   Após todos os problemas enfrentados na viagem Dave, o único restante na missão, chega a Júpiter. Ao chegar, ele avista um terceiro e último Monólito. Esse ultimo deixado pela raça alienígena representa o final de uma jornada de milhões de anos desde a descoberta do primeiro Monólito. Esses artefatos desconhecidos para o ser humano deixados por essa raça desconhecida é o representante de que para homem ter contato com eles, precisariam estar realmente evoluídos e o próprio homem ir ao seu encontro. O representante desse último estágio evolutivo é a visão desse terceiro artefato. Com a descoberta, Dave é transportado para outra dimensão tendo agora o contato com essa nova raça onde vive o resto de sua vida que é mostrada com cortes rápidos dando saltos de vários anos até o dia de sua morte. Após a morte, para terminar o filme, há um vislumbre de um bebê que simboliza que agora, após o contato, nasce um ser humano transformando e que alcançou ali o seu máximo avanço.


                                                                       Texto por Rodrigo Fontes

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