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26/01/2012

O Mundo em 2012

O ano de 2012 começa com uma nuvem escura sobre a economia mundial. De um lado os países desenvolvidos encarando uma crise sem precedentes e do outro, os países emergentes sustentando o crescimento, mas tentando evitar o contágio dessa turbulência financeira. O Brasil faz parte deste grupo.

A Europa passa por uma séria crise. A depreciação de 2008, com a quebra dos bancos americanos, provocou uma onda de investimento dos países europeus em suas economias para evitar uma recessão. O problema é que o crescimento não veio e o déficit nos orçamentos em 2011 chegou a um ponto insustentável. Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Itália perderam toda a confiança do mercado mundial. A Alemanha é a exceção, sempre organizada financeiramente, tenta achar uma solução junto com a França para a salvação do mercado europeu. O problema é que apesar da união monetária entre os países, a diferença cultural financeira faz com que os alemães não queiram pagar a conta da irresponsabilidade de alguns deles.

Os EUA enfrentam também problemas de ordem financeira, principalmente no seu balanço orçamentário, que acumula déficit gigantesco na ordem de 1,3 trilhões de dólares. Entretanto, o principal desafio no país é em termos políticos. A disputa entre os partidos democrata e republicano vem travando a votação de assuntos relevantes no congresso, que poderiam ajudar o país a sair desse marasmo em que se encontra. O ano de 2012 tem eleição presidencial e os ânimos tendem a se acirrar mais ainda. O partido democrata do presidente Barack Obama defende uma tributação aos mais ricos e programas sociais que estimulem a economia. Já o partido republicano é contra essa ideia e apoia menos impostos e mais liberdade ao setor privado.

Os países emergentes (grupo formado por China, Índia, Brasil, Rússia e África do sul) estão conseguindo crescer, apesar da crise nos países desenvolvidos. Tudo indica que esse grupo não seja afetado, pois a demanda é muito grande nos seus mercados internos. Destacam-se China e Índia, que possuem elevada migração da população da área rural para as cidades. A China é o motor que impulsiona o crescimento mundial hoje, qualquer diminuição de ritmo provocará redução nos preços das commodities e afetará em cheio economias dependentes a elas como Brasil e Rússia.

O Brasil tem tudo para crescer na faixa dos 3% desde que os preços das commodities não sejam afetados pelo baixo crescimento nos países desenvolvidos ou pelo soluço chinês, e que não haja quebra de safra já que o ano de 2012 é ano de La Niña (fenômeno que resfria as águas do pacífico e provoca diminuição das chuvas no território brasileiro). O aumento do salário mínimo, a desoneração de alguns produtos e o afrouxamento da liberação no crédito, realizados pelo governo, são fatores que impulsionarão o consumo. A inflação tem tudo para ficar na meta no ano de 2012, que é de 6,5 %, também influenciada pela depreciação das economias desenvolvidas.

Os problemas estão aí. Cabe agora achar as soluções para que o ano de 2012 surpreenda e seja um ano de crescimento para todos os países.

Por José Bomfim Oliveira Santos Junior

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