
Adaptações de livros e histórias em quadrinhos são muito comuns no cinema. Porém, nem sempre as adaptações são bem feitas ou funcionam bem na telona. John Carter acabou de entrar na lista dos livros que foram muito bem adaptados para as telas.
John Carter foi escrito inicialmente por Edgar Rice Burroughs, em 1912. De lá para cá, suas histórias foram publicadas inúmeras vezes em livros e revistas em quadrinhos. E não faltaram tentativas para adaptações para o cinema. Desde 1930 tentam contar a história de Carter, sem nenhum sucesso. Mais recentemente o livro estava nas mãos da Paramount, que mostrou a história para diretores como Robert Rodriguez e Jon Favreau, mais o projeto não saiu do lugar e acabou caindo nas mãos da Disney. E esta fez a coisa certa quando incumbiu a Pixar para fazer o filme e em live action, ou seja, com atores. Com o ótimo diretor Andrew Stanton no comando, John Carter foi decentemente adaptado ao cinema em 2012.
O filme conta a história de John Carter (Taylor Kitsch), que é inexplicavelmente transportado para Marte onde se vê envolvido em um conflito de proporções épicas entre os habitantes do planeta, incluindo Tars Tarkas e a atraente Princesa Dejah Thoris (Lynn Collins). Em um mundo à beira do colapso, Carter descobre que a sobrevivência de Barsoom e de seu povo está em suas mãos. Mas o filme não fica somente nisso. Primeiro porque a história se passa em 1889. Segundo porque antes de ir para Marte, conhecemos bem o temperamento de Carter na Terra.

Falar dos efeitos especiais do filme é “chover no molhado”. A Pixar, que é responsável pelas melhores animações da atualidade, aplicou nos efeitos sua qualidade gráfica. E tudo fica muito mais incrível de se ver em 3D ou em uma sala com projeção digital. Os detalhes dos monstros e dos alienígenas lembram muito o refinamento dos efeitos de Avatar. Aliás, comparações com o filme de James Cameron surgem com facilidade, já que este se inspirou no romance de Edgar Rice Burroughs para criar o universo de seu filme. Isso não é uma coisa ruim, já que é um tipo de história bastante clichê: O cara que chega em outro mundo ou lugar, se apaixona por uma nativa e fica do lado dela contra aqueles que querem destruir seu planeta ou sua casa. São universos diferentes, e é isso que importa. O que deve ser levado em consideração são as boas atuações, as excelentes cenas de ação, e como o roteiro do filme funciona bem no final, dando bastante espaço para continuações (Se esse primeiro filme for bem de bilheteria, com certeza outros serão feitos) sem se tornar chato. O único defeito de John Carter é ser muito longo. Com 132 minutos, chega há cansar um pouco. Mas, dá para relevar esse defeito pela qualidade da história.
John Carter: Entre Dois Mundos, definitivamente merece ser visto. Não só pela ótima história, mais também pelo ótimo trabalho de direção e adaptação do livro para o cinema. Se possível, assista em 3D, pois este está bem bacana. Agora só nos resta torcer para que continuações sejam feitas! Nota: 8.9. Confira abaixo o trailer do filme!